terça-feira, 25 de dezembro de 2012

#December25th



Era dia 23 e eu não estava em Abaeté. Não montei a árvore de Natal, como faço todos os anos. Nem fiz aquela tradicional torta de biscoito champagne – nem inventei moda tentando colocar abacaxi e coco.

Era dia 24 e não acordei ansiosa pensando nos presentes que iria ganhar. E dar. Não senti aquela sensação de felicidade ao acertar na escolha do presente. Nem aquela surpresa ao receber um presente inusitado. Ou a alegria em receber aquilo que sabia que iria ganhar – porque me contaram antes ou porque espiei antes da hora.

Era ainda dia 24 e não saí com pressa e estressada em busca daquele presente que faltou. Não pensei na roupa que usaria à noite nem atormentei a todos com isso. Não encontrei pessoas que há exato um ano não via. Não saí de uma casa cheia de gente pra outra com tantas outras. Não passei a meia-noite nessa segunda casa nem desejei Feliz Natal a todos. Não voltei à primeira casa para agora desejar um Feliz Natal àqueles que não estavam ao meu lado na passagem do dia 25. Não cheguei em casa de madrugada nem dei um beijo de boa noite e desejei Feliz Natal às pessoas que mais amo. Não fui dormir pensando no dia alegre que se passou nem fiquei imaginando o almoço do dia seguinte.

Apesar de hoje ser dia 25, não é Natal. Simplesmente porque não estou rodeada pela minha família. Porque foi isso que me ensinaram que era o Natal. Família. Todos reunidos e com um único sentimento: felicidade por estarmos juntos. Talvez só hoje, que não tenho isso, seja plenamente capaz de dizer que esse é o espírito do Natal. O meu Natal, que vivo desde muito pequena, dividida entre duas casas, amando cada uma delas de um jeito especial.

Não é Natal, mas ainda assim, um dia especial. Especial porque pessoas o fizeram assim: Rodrigo, Rafa Legal, Jú, Klayton, Lorena, Ana, Adriana, Gabi e Matheus. Especial porque um simples telefonema tem esse poder, de transformar uma noite comum, ou mesmo triste por tantas coisas que não aconteceram, em inesquecível. Porque pessoas muito importantes estão sempre comigo. Mãe, Pri e Bruno. Só de ouvir a voz de vocês, o mundo se transforma. Lembranças vem à tona e transbordam os sentimentos.

Pode até não ser Natal, mas uma coisa é certa: a distância não impede que nossa árvore de Natal seja montada, que os presentes sejam distribuídos, ainda que em outras datas; não impede reencontros nem que os votos de felicidades cheguem àqueles que amamos. Impede beijos e abraços, sim. Olhos nos olhos. Mas esses logo virão!

Feliz Natal.

Prettige feestdagen!

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