É mãe... até parece com a Expo
Abaeté. Mas a Oktoberfest é só um pouquinho diferente! E não, não estou falando
da festa de Blumenau, mas sim da original! Não vou dizer que muito melhor que a
do Sul do Brasil pelo simples fato de nunca ter ido lá. Não quero ter
preconceitos a esse respeito! =D
O fato é que a festa é grande! E
a gente começa a entender a dimensão dela quando paramos pra pensar que são duas semanas de festa e
que ao chegar ao Aeroporto de Charleroi, na Bélgica (A Ryanair nos mandando
para os aeroportos mais distantes!) já encontro senhores trajados tipicamente à
moda alemã. Ou melhor, à moda da Bavaria, afinal de contas a festa é típica
desta região.
E os alemães estavam bem animados!
Alguns aqui já devem ter tido a experiência de voar com a Ryanair e ouvir aquela musiquinha animada da hora de acordar no
acampamento toda vez que o avião chega no horário previsto, né? Bom, no meu
caso, chegou bem antes. 45 minutos! Ok, pra mim foi ótimo porque peguei o
ônibus de Memmingam pra Munique (mais um aeroporto longe...) mais cedo, mas
agora já faço uma ideia de onde vem o super-recorde da Ryanair com mais de 90% dos voos no horário. #FuiIrônica?
Mas eu contava dos alemães,
certo? Eles ficaram numa animação quando a música tocou! E eu ainda peguei o
mesmo ônibus que o grupo que estava a caráter – e que por sinal já estavam
vestindo também o estômago, se é que me entendem. Cena 1: Gabi tentando dormir
e alemães conversando alto. Em alemão. Cena 2: Gabi coloca os fones e tenta
dormir e os alemães começam a gritar a comissária de bordo pedindo cervejas.
Cena 3: Gabi super zen e leva um peteleco de um alemão! Que por acaso veio me
pedir desculpas e puxou papo. PS: eu com sono consigo ser tão simpática! #ahan.
Final da história: me prometeram uma cerveja se me encontrassem na festa. Óbvio
que cortei o barato deles dizendo que não bebia. Ganhei a promessa de uma Coca-Cola
que nunca chegou. #ÉpocaDeEleição.
Enfim! Cheguei a Haupbahnhof,
estação de trem de Munique, e fui para o hotel na esperança de em poucos
minutos encontrar o resto da família – o que veio a acontecer 6 horas depois!
Houve algum problema no trajeto entre Paris e Munique (alguma coisa na linha
perto de Sttutgart) que fez com que eles se atrasassem um pouquinho. Passei 6
horas tirando o atraso da TV. Ah, que saudade eu tava de uma televisão! Mas nesse
dia ela passou todinha, porque só tinha a CNN pra assistir. Era isso ou um
canal em alemão. Fiquei por dentro de todas as notícias internacionais. E
o bom é que fixou bem na cabeça, já que a cada meia hora eles repetiam tudo.
Cortemos a parte do encontro (que
enfim aconteceu) e passemos ao primeiro dia em Munique. Fomos todos animados,
né! Uhu, Oktoberfest! E o clima da cidade realmente deixa a gente assim.
Pessoas vestidas tipicamente por todos os lados, animadas, e de quebra o clima
estava bom.
A chegada na Oktober! A gente e o encosto ali do lado. #thiagofeelings
Os outros estavam mais interessados na cerveja, né?
Agora, imaginem o desespero do André ao saber que não se vendia cerveja fora
das tendas grandes? Bom, até esse momento ele não estava desesperado – ficou mesmo
foi quando viu que cada tenda tinha uma fila quilométrica e que demorava horas
até uma pessoa entrar. E ainda por cima, entrava quem o ‘porteiro’ queria!
Hehe! Oktoberfest sem cerveja! As pessoas não ficaram felizes com isso... Ainda
bem que encontramos um ‘botequinho’ lotado bem na entrada da festa, com copos
grandes de cerveja pra aliviar um pouco da sede deles...
Oh dó...
Mas no fim rolou uma cervejinha e a cara deles melhorou um pouco.
No dia seguinte, a Priscila e o
André, traumatizados com a noite anterior, pagaram uma pequena fortuna pra reservar
um lugarzinho em uma dessas tendas. Pelo estado que chegaram no hotel horas depois
acho que valeu à pena! Enquanto isso... Eu a mamãe passeamos pela cidade! Seria
lindo, não fosse a chuva e o frio que nos pegaram desprevenidas pelo caminho!
Talvez isso tenha me feito olhar pela cidade com outros olhos e não encontrar
tantas belezas como eu esperava. Ok, tem prédios antigos e bonitos – mas como em
toda a Europa!
Só destaco três coisas. Na
verdade quatro. A primeira delas é a Karlsplatz – que acreditávamos ser a
Marienplatz. Tem uma fonte muito bacana no centro, uma construção gótica na rua
da frente e uma espécie de portal.
Passar por aí com chuva foi outra história...
Arco do Triunfo do Paraguai.
Catedral de Munique - Frauenkirche. É também chamada de Cathedral of Our Dear Lady e é um dos
símbolos de Munique. De fora é uma construção que
impressiona muito e é bem diferente do estilo de igreja que eu estava
acostumada. É construída com tijolos vermelhos em um estilo chamado por alguns de gótico tardio, e sem tantos ornamentos, como é de costume na arquitetura gótica. Foi levantada em 20 anos, o que para a época é considerado um tempo récorde. As fotos com certeza não fazem jus à sua beleza – mas nessa hora a
chuva já havia começado e como a região é bem cercada de lojas e restaurantes,
além de árvores, é bem difícil se conseguir um bom ângulo para fotografá-la. Uma pena mesmo é não ter subido em uma das torres de 100 metros de altura. A vista de lá deve ser fantástica!
A Catedral. Mas por dentro não era grande coisa.
Max-Joseph-Platz. Chegamos aqui depois de um temporal que atingiu a cidade (fomos protegidas pela marquise de uma loja de diamantes enquanto os guarda-sóis do café ao lado eram arremessados ao léu). Verdade seja dita: só chegamos aí porque também achamos que essa era a Marienplatz. Mais uma vez enganadas! Mas pelo menos tinha alguns prédios bacanas – que, por causa da chuva, só vimos de longe: O Teatro Nacional e o Munich Residenz, ou simplesmente o antigo palácio da monarquia da Bavaria. Pouca coisa, né? Mas estava em reforma - como tudo mais na Europa. Queria saber é onde está a crise. #prontofalei. Complementando: a praça leva o nome e tem um monumento em homenagem ao rei Maximilian Joseph (1799-1825).
Max-Joseph-Platz e muita chuva.
Enfim, Marienplatz! Ok, depois de tanta caminhada e falsos encontros da praça, confesso que fiquei decepcionada. Ou talvez fosse simplesmente o fato de estar andando na chuva, com frio e sem sombrinha, não sei dizer. Mas a praça é até bacana – só não tivemos a oportunidade de conhecer os vários pontos turísticos que o mapa apontava nessa região. Ela é conhecida por ter sido e ainda ser o centro de Munique, onde durante muitos anos foram realizados diversos eventos e até mesmo execuções. No centro há um monumento que celebra o fim da ocupação sueca no século XVII e no canto esquerdo da foto abaixo está a Old Town Hall. Essa aí sofreu, viu: foi destruída por um incêndio, reconstruída em estilo gótico, destruída novamente na Segunda Guerra e, enfim, reconstruída mais uma vez, agora seguindo o seu plano original.
Marienplatz
Felizes e molhadas...
New Town Hall - sede do governo municipal, construída em estilo gótico no século XX.
Mas não é que o fim do dia nos
surpreendeu? Priscila e André conseguiram sair da cama e voltaram com a gente
pra Oktoberfest. Como já era domingo e último dia de festa, grande parte dos
turistas já havia voltado pra casa, então já estava bem mais vazio (mas ainda
assim não estava vazio!!!). Isso significa que, às 22h, conseguimos entrar em
uma das tendas, que estava cheia e animada, com uma decoração sensacional e
todo mundo cantando em cima das mesas! Sério: nem precisava beber pra sentir a
emoção de estar ali. É de tirar o fôlego e esquecer tudo o mais o que estiver
na cabeça! Os 60 minutos que passei lá dentro (já que a festa acabava às 23h) foram
suficientes para sentir que a Oktoberfest é sim tudo o que dizem por aí. E olha
que eu não bebo!
Só com panorâmica pra mostrar o que é isso!
Deixando o álcool um pouco de
lado, bora falar do cenário mais lindo que vi até agora na Europa? Sim, superou
Zaanse Schans, na Holanda, porque na verdade parece mais um cenário de conto de
fadas! Parece não, é! Afinal de contas, foi daí que surgiu a inspiração para o
castelo da Bela Adormecida. #disneyfacts
Lá na Estação, logo de manhã...
Era uma vez uma cidadezinha chamada Füsen, no sudoeste da Baviera e há pouquíssimos quilômetros de Áustria. Nessa cidade, todos os dias, desembarcam milhares de turistas com um único objetivo: conhecer o Castelo de Neuschwanstein
Olha ele lá em cima! Só uma caminhadinha... pelo meio da floresta! #brancadeneve
O castelo foi construído no
século XIX por Ludwig II, da Baviera, e inspirado na obra do compositor Richard
Wagner. O próprio nome do castelo remete a uma das obras do compositor,
Lohengrin, o Cavaleiro Cisne – cisne, aliás, que era uma obsessão de Ludwig.
Por todo o castelo é possível encontrar referências ao animal, desde pinturas
até esculturas nas maçanetas das portas.
Mas Ludwig era um personagem
intrigante... isso pra não dizer que era julgado por muitos como louco. Mas
onde uns dizem louco, outros dizem avançado para o seu tempo. Era ainda século
XIX e já tinha água corrente abastecendo o seu castelo, que vinha direto de uma
fonte de uma das magníficas montanhas que circundavam o castelo. E tinha ainda
um dos poucos aparelhos telefônicos da época, em linha direta com o correio da
cidade e com o outro castelo (de menor porte e bem próximo de lá – infelizmente
faltou tempo para visita-lo). Mas era também um tanto excêntrico. Imaginem só que
mandou construir em um dos corredores do castelo uma gruta artificial! Isso
mesmo! Com estalagmites e estalactites e tudo mais a que se tem direito! É uma
das coisas mais bizarras que eu já vi: saindo de uma sala com grande ostentação
e repleta de pinturas que remetem a lendas alemãs e muitas das obras de Wagner
e, de repente, atrás de uma porta encontramos uma gruta. Absurdamente realista!
E que dá acesso a mais uma sala digna de um palácio real! #mundoestranho.
Louco ou não, Ludwig torna toda a
história em torno do seu castelo ainda mais mágica e curiosa. Ao invés de
contratar um arquiteto para a construção do seu castelo, chamou um especialista
em cenários teatrais. O pior da história é que ele não pôde aproveitar nada
disso. A própria sala do trono nunca chegou a ter um trono! Ludwig morreu antes
que ele ficasse pronto. É até mesmo triste. Dedicou todo o seu patrimônio e
anos de sua vida nesse mega empreendimento e só chegou a morar nele (ainda que
inacabado) por pouco mais de 170 dias. Em 1886, foi declarado insano pela Comissão
de Estado liderada por seu médico psiquiátrica, e aprisionado em seu castelo. Pouco
depois foi encontrado morto nas margens de um lago, juntamente com o seu
médico, em circunstâncias desconhecidas.
História fascinante e um cenário
de tirar o fôlego. É isso que espera pelos turistas em Neuschwanstein. Mais do
que recomendado! Como não é permitido tirar fotos dentro do castelo, apreciem o
seu exterior. Até mais ver!
Chegamos! Cansados, mas chegamos!
Olha um pedaço dele aí! Em reforma, pra variar.
Montanhas ao lado.
Muitas montanhas!
E uma vista até bonitinha. E lá atrás está o bendito lago.
O máximo que posso mostrar do pátio interno do castelo. Pra ver mais, só indo até lá!
Olha, a Oktober eu não gostei, mas queria muito ter ido no castelo. #ficoucomvontade
ResponderExcluirps: adoro sua sinceridade nos posts haha
Ah, não fale assim de Munique, Gabi!!! Certeza que foi a chuva que atrapalhou! E jamais pensei que uma pessoa que não bebe fosse gostar tanto de uma festa de cerveja! E uma coisa sobre esse castelo que me deixa intrigado: ele e o outro lá de baixo têm endereço com nome de rua e número! Alpseestraße 30 e Neuschwansteinstraße 20! Por quê???
ResponderExcluirGostei muito da única hora que passei na festa no último dia! Tava todo mundo feliz! hehehe. #alemãesbêbados
ResponderExcluirE o meu problema com Munique foi a chuva (eu acho). Mas a princípio não quero voltar lá!
E não sabia que os castelos tinham endereço... devia ser algo como "estrada da floresta/montanha lá em cima". E não fui no de baixo, não deu tempo... =/