quarta-feira, 12 de setembro de 2012

#2in1


Hora de economizar nos posts. Verdade seja dita: esqueci grande parte das coisas que queria escrever sobre Bruges, então resolvi juntar tudo com a experiência vivida em Gent.

São duas cidades completamente diferentes, mas ambas extremamente charmosas. Bruges é a Veneza da Bélgica (não que eu conheça Veneza, mas...) e era a cidade sobre a qual eu mais ouvia falar enquanto estava aqui ou mesmo ainda no Brasil, com pessoas que passaram pela Bélgica. Apesar de tudo o que ouvi a respeito da cidade, não fui com expectativas assim tão altas – o bom de agir assim que acabo sempre sendo surpreendida. Não é que a cidade é tudo o que dizem mesmo? E olha que nem visitei todos os lugares que pretendia.

Simpática a cidade, não?

O centro histórico da cidade faz parte da lista de Patrimônios da Humanidade da UNESCO desde 2000, e não é por acaso. Só de entrar na cidade já se sente o clima de cidade do interior da Europa. Tranquila e sem agitação - se descontarmos todos os turistas, claro. E cercada de história. Para cada canto que se olha há um monumento, uma igreja ou uma praça e você só fica pensando: qual a história por trás disso aqui? Quantas pessoas já não viveram importantes e memoráveis momentos nesse lugar?

Acho que a parada mais emocionante não foi outra que não a primeira: A Igreja de Nossa Senhora. Quem diria, né? Mas não dá pra se descrever o sentimento ao se entrar numa igreja gótica. Todo aquele espaço, detalhes nas paredes, pinturas, esculturas... e ainda por cima com música de fundo. Indescritível a sensação de paz e tranquilidade. E foi olhando tudo aquilo lá que decidi: quero estudar história da arte! #soquenão. Arquitetura, por outro lado, continua entre as mais cotadas. O pior de tudo é que são tantas obras, tantos detalhes, que é impossível se prestar atenção em qualquer coisa! Na mesma hora que estou olhando para uma escultura surge ao lado uma pintura ou uma inscrição antiga... E é nessa igreja que fica a escultura Madonna with child, de Michelângelo – a única escultura do artista fora da Itália. A obra foi comprada por um ricasso da cidade e depois de muitas idas e vindas (devido a guerras e invasões) foi parar finalmente aí nessa igreja – e ofusca todas as outras obras (ou pelo menos tenta). Em contrapartida, nela estão enterrados os corpos da família desse ricasso aí. Bom, não é à toa que só a igreja tomou toda a nossa manhã.

Igreja de Nossa Senhora

Tem gente importante aí... só olhar a quantidade de brasões!

Oh a Madonna aí!

 Próxima parada: o Campanário de Bruges (Belfry of Bruges). É uma torre impressionante bem no Grote Markt – o mercado central da cidade. O prédio é meio que um símbolo da cidade e são 5 euros para se subir trezentos e sessenta e seis (por extenso é mais impactante, né?) degraus que, definitivamente, valem à pena! Do alto da torre é possível ter uma visão de toda a cidade e, não bastasse isso, ainda é possível contemplar o carrilhão e os sinos bem de perto. #massa. Só tem que ter muita paciência, porque, apesar de a subida ser feita por etapas, as escadas são estreitas e o trânsito nos dois sentidos é intenso! É um Deus-nos-acuda!

Só isso aí que tem que subir? 366 degraus? Fichinha...

Grote Markt

Maaaasss, como nem tudo são flores, o museu do chocolate é um porre! Sério, não recomendo. A não ser que você esteja com muita paciência para ler vários cartazes contando a história do chocolate, desde o primeiro pé de cacau (pé de cacau??).

Como demoramos demais em alguns lugares (e nem tinha como ser diferente), muitas coisas ficaram por ser vistas: o Bengijhof (um dia eu explico o que é isso. Or just google it!), o lago do amor, museus, museus e mais museus... e, é claro, um passeio de barco pelos canais. Cenas para os próximos capítulos. E pra terminar a visita, um concerto de harpa. Tá, metade das pessoas dormiu durante o negócio, mas foi bom! =)

E eu disse que esse post era 2 em 1, né? A hora e vez de Augusto Matraga Gent. Gent também é uma cidade medieval, mas já no estilo de cidade grande (nem tão grande assim, mas pelo padrão que estou acostumada aqui...). Depois do trauma de ter saído muito cedo pra ir pra Bruges (muito cedo mesmo!), saímos bem tarde pra Gent. A ideia era pegar um festival de jazz que estava rolando na cidade. A verdade é que no festival mesmo passamos só uns 20 minutos.

No fundo, no fundo, o sentimento é o mesmo em todas as cidades que vamos: vontade de parar e tirar foto de tudo e sob todos os ângulos! By the way, foi em Gent que comprei minha câmera! Yes, posso tirar minhas próprias fotos e parar de roubar as dos outros! #soquenão.



Gent na década de 20. #soquenão. Tava testando a minha câmera! 

Gent em cores. Neoclássico disputando espaço com a arquitetura gótica. Tô aprendendo, Tatiana Teles?!

O que de mais legal tem em Gent? Bom, a longa caminhada da estação até o centro histórico é bem agradável – não é zona mais turística da cidade, mas é sempre bom ver os costumes locais! E tinha até um canal simpático no meio do caminho (deve ser importante, porque tinha um monte de turistas passeando de barco – sorry, não sei o nome).


Oh nóis aí!!!


Mas o que há de mais interessante na cidade é o próprio centro histórico. O legal é as pessoas do grupo tentando se localizar no meio da praça: “Eu estou na frente da igreja que acabamos de visitar e ao lado da outra igreja. Fácil de achar, não houvesse umas 5 igrejas na mesma praça!!!


Uma igreja entre muitas...

Essa foi só pra testar o zoom da câmera! #ProjetoFotógrafaEm20dias

Mas sabem tudo aquilo que disse a respeito da Igreja de Nossa Senhora em Bruges? Reitero tudo! Mais uma igreja fantástica – Catedral de Sint-Bavon – e mais uma hora gasta apenas dentro dela! A igreja abriga estátuas gigantes de santos, mausoléus de personalidades eclesiásticas (#gastei) e muitas outras obras de arte. No subsolo do prédio há ainda um museu com várias peças que fizeram parte da história do lugar - em destaque crucifixos e candelabros que foram presentes de Napoleão Bonaparte quando ele visitou Gent. #GabiEstudandoHistória

Igreja de Sint-Bavon

Igreja de Sint-Bavon - see what I was talking about? 

Ok, eu presto atenção em qual parte?

Estátuas de mármore (?) no altar

Não sei quem é esse, mas curti a pose.

Vista da entrada do subsolo (à direita)

Vista da entrada do subsolo (frente) #sensodeorientação


No mais... andamos pela cidade – o que muitas vezes é melhor do que ficar entrando em vários lugares avulsos. Qualquer dia desses volto lá pra conhecer os famosos castelos medievais de Gent.

Hasta la vista, baby!


"Foi um rio que passou em minha vida..." #brega


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