quinta-feira, 15 de novembro de 2012

#halfway



Sim, chegamos ao meio da jornada... E não é que a gente vai se acostumando com as coisas aqui? Com o frio, com as ruas cheias de folhas, com as calças coloridas dos belgas, com a batata frita, com as pessoas que pensam que eu moro na floresta ou falo espanhol, com os atrasos do Bart... Um mundo diferente, mas não por isso ruim.

O melhor desses últimos 30 dias foi finalmente ter uma rotina. Aulas e mais aulas. Exagero meu. A quantidade de aulas aqui ainda está longe de ser como o que eu tinha no Brasil. Pra compensar tanto ócio, esportes! Nunca antes na história da minha vida eu fiz tanto esporte. No máximo algumas caminhadas, vez ou outra, quando me dava na telha. E acho que tentei compensar fazendo tudo o que podia: Esgrima, Spelunking, Judô, Taekwondo, Vôlei, Tênis... Da Capoeira eu desisti. Por bons motivos: 1. Não sei fazer estrela nem nenhuma daquelas estripulias – sou inclusive pior que os belgas; 2. Chego cansada depois de um dia com duas modalidades de luta e fico quebrada pra esgrima no dia seguinte; 3. Por que diabos eu tô fazendo capoeira na Bélgica e não no Brasil?!!! Capoeira de lado, o resto ainda continua na programação semanal. Em alguns a gente até vai melhorando... já em outros.... o tênis que o diga. Isso que dá ser autodidata! O importante é que a gente passa frio, faz tudo errado, mas se diverte, não é Klayton e Geruza? A parte ruim é que hoje descobrimos que até abril, quase todas as quadras estarão indisponíveis – winter season. Com’on!!! Os belgas estão dando o braço a torcer pro frio? Eu quero jogar! (Nessa brincadeira já tem gente achando que eu larguei a Engenharia Química e fui fazer Educação Física! Aos mais esperançosos: Não. Ainda não!)

90 dias. E aulas, esportes... ainda tem o italiano, uma palavrinha nova de dutch a cada dia... e viagens. Aliás, como é bom ser turista! Melhor que isso, só se fosse historiadora! Sério, a cada viagem aprendo mais e fico cada vez mais apaixonada por história: lembrando-me de coisas que um dia já soube, descobrindo outras novas, ‘experimentando’ lugares, vivenciando momentos... Com pessoas especiais! Devo agradecer à Priscilinha pela sua companhia nesses últimos 30 dias. Saber que estavas por perto, a menos de 250 km, já me fez sentir bem. Em casa.

Essa não precisa de legenda... é só olhar minha expressão!


90 dias. E daqui a duas semanas, uma transformação. Um ciclo fechado. Um caminho percorrido. Reencontros. Nostalgia. Separações. Será que a volta será diferente? 

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