quinta-feira, 16 de agosto de 2012

#partiu. Ou melhor: #chegou

Colocando a minha inabilidade em prática pra contar um pouco dessa viagem... e não, meu caro leitor (me achando Machado de Assis agora! #sóquenão), não espere muito disso aqui. É só a minha visão, por vezes distorcida, de um povo estranho, uma cidade antiga e as minhas desventuras por esse cenário! =P

Reservo-me o direito de pular toda a história que envolve os preparativos para a viagem e mesmo o período inicial dessa jornada (mas ainda assim vou reclamar das quase 24h de trajeto e comentar que o aeroporto de Londres é fantástico e que eu viajei de classe executiva e não paguei por isso! #chiquérrima!). Então vamos direto para a Bélgica.

Pra começar, esse é um país estranho. E tudo começa quando pensamos que são três línguas oficiais e três regiões com administrações absolutamente independentes e que parecem que não tem ligação nenhuma... Pelo menos ainda não vi nada que os identificasse como um mesmo povo. Anyway... Do alto do avião, parece um país completamente rural, com pequenos aglomerados de casas no meio do campo, como se fossem várias vilas, separadas por pastos e plantações. Acho que fora as cidades maiores, esse é um retrato típico do país. E claro, falando em coisas típicas, três representam bem a Bélgica: batata (até sanduíche de batata frita vimos por aqui - pão com batata frita, tomate e maionese. WTF?), chocolate e cerveja. Chocolate e cerveja ainda mais. Aliás, tudo o que me pediram pra levar para o Brasil foi isso. Aos belo-horizontinos: Leuven pode não ser grande, mas o que tem de bar aqui não é brincadeira! E bem no estilo de BH, com mesas nas calçadas. Inclusive, é aqui que fica o maior bar do mundo (the longest bar in the world). Tá, não é um bar, mas sim uma rua/praça só de bares (#passareladoálcool). Mas é bem bacana e costuma ficar bem cheio – isso porque as férias ainda nem acabaram, imagine só quando os estudantes chegarem!

Dizem as más línguas que a cidade tem cerca de 25 mil habitantes, mas que com os estudantes esse número sobe pra 40 mil! E toda a estrutura da cidade é voltada para eles: o tipo de imóvel, comida, bebida... E, apesar de os estudantes da KU Leuven não pagarem para utilizar os ônibus da cidade (passe livre já, só falta BH! #dejàvu), o principal meio de transporte aqui é a bicicleta, todas bem velhas, aliás. E é um perigo, porque surge um louco de bicicleta de onde você menos espera (tipo os nossos motoqueiros). E é sério: nunca sei onde termina a calçada e começa a rua. Mas pelo menos os motoristas – que são raros, mas que só andam em carrão – são bastante educados e param pra que a gente possa atravessar a rua, mesmo fora da faixa. Povinho simpático até, pena que não entendo uma palavra do que dizem!

Holandês (dutch) é um trem complicado. E tudo, absolutamente tudo aqui é em dutch. Até pedir um sanduíche é difícil (lembrei do André falando que ia levar o livro com desenhos da Maria Cecília e apontar mostrando o que queria – foi mais ou menos o que eu fiz com a minha primeira refeição aqui! Apontei para um cartaz!). E as palavras são tão grandes que a gente acaba focando só na metade – pra ver se assim a gente aprende! Ruas então... sei que a maioria termina com straad (o que deduzi que fosse rua) e tento memorizar mais ou menos o início das palavras (Graças a Deus a cidade é pequena!). E o fato das pessoas falarem um pouco de inglês ajuda muito!

Mas tem duas coisas que me incomodam nesse lugar: os sinos, que parecem não respeitar lógica alguma de horário (e tem umas duzentas igrejas aqui, então imagine o fuzuê); e o dia que não acaba. Acho que essa é a pior parte. Eu olho pra fora e penso: devem ser 16h. Não, são 19h. Olho mais tarde e começou a escurecer: Oba! Peraí: não, são 22h!!! Não há sono que aguente! Falando em sono, vou parando por aqui... meus relógios me dizem que são 21:08 (hora de ver a Carminha!), mas ainda estão todos no fuso brasileiro – o que significa que aqui, apesar de parecer cedo, já são 2h! #fui

(PS: muita coisa pra contar, mas acho que vou ter tempo pra isso e, inclusive, para tirar as primeiras fotos!)

3 comentários:

  1. Uai, conta ai dessa historia de Londres!

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  2. Explicando para o Thiago: Eu fui a última a fazer check-in em SP para o voo até Londres, e a moça me disse que eu tinha ganhado um upgrade e que ia de classe executiva!!! Bombei lá... pessoal mal deixou eu sentar e já tava oferecendo champagne! Tinha um cardápio chique, com várias opções de entrada, prato principal e sobremesas, café da manhã, lanches... carta de vinhos!!! Fora que eu fui toda confortável na minha 'cabine'!

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