Tudo bem, por enquanto sou mais
turista nessa cidade do que moradora, mas já tenho uma boa ideia de como é
viver aqui.
Leuven é uma cidade extremamente
agradável e encantadora sob vários aspectos. A arquitetura é aquele velho
estilo europeu, com várias casas com tijolinhos à mostra e sempre nos mesmos
tons. Nada de prédios modernos ou grandes. Uma das coisas mais legais é passar
na frente de um prédio e ver a data em que foi construído: caramba, alguns são
mais velhos que o Brasil! Parece ridículo, mas é algo realmente fascinante. Eu
ainda não conheço o campus da Universidade, mas existem vários prédios da
KULeuven espalhados pela cidade e todos nesse mesmo estilo e que carregam um
grande história na bagagem. Fiquei encantada com o prédio onde fiz matrícula. É
um prédio de 1400 e carochinha e que no passado foi um grande mercado de
tecidos (comentário solto: quando fomos fazer matrícula, a Universidade deixou
à disposição uma geladeira com refrigerantes, sucos e águas à vontade para os
alunos!).
Oude Markt. E o bar mais longo do mundo.
A cidade de Leuven fica a 30km a leste de Bruxelas (cerca de 15 minutos de trem) e é a capital província Flemish Brabant, na região de Flandres. No início da sua história, foi um centro comercial bastante importante e como demonstração de toda a sua influência e riqueza nesse período (séculos XI a XV), foi construída aquela que é uma das câmaras de comércio mais belas da Bélgica, toda em estilo gótico.
Stadhuis
"Eu sou a mosca que pousou em sua sopa..." E acabou espetada por uma agulha no meio da praça de Leuven. Uma das coisas mais bizarras que já vi na vida.
A cidade também floresceu muito por conta da fundação
da Universidade Católica de Leuven (1425), uma das mais antigas universidades
da Europa e a primeira dos países baixos. Pela sua importância, acabou por
transformar Leuven em uma cidade universitária. Vale ainda mencionar que outro
ponto importante para a história e fama de Leuven são as suas cervejas. Quem aí
nunca ouviu falar de Stella Artois? o/
A cidade é relativamente pequena,
e dá pra ir pra todo lugar à pé. Aliás, a coisa que mais fiz aqui até hoje foi
andar!!! Pelas nossas estimativas, houve dias em que caminhamos por mais de
20km! Quase uma meia maratona (#tecuidaMarilson). E eu não ando de bicicleta,
né. Então minha sina aqui é andar, andar e andar. “Caminhando e cantando e
seguindo a canção”... e torcendo pra não ser atropelada por nenhum ciclista. (já
falei que surge um de onde menos se espera, né?).
Passamos os primeiros dias em um hostel. Fui até surpreendida pela estrutura.
A parte comum era bem legal, mas o quarto era um pequeno forno. E todo dia mudavam
os meus companheiros de quarto. Passaram por lá gregos, italianos, chineses, americanos,
desconhecidos... cada um com uma história (e alguns com algumas confusões). É
até divertido, mas tudo que eu queria mesmo era uma casa onde fazer bagunça!
Que sonho deixar minha bolsa e o notebook jogados e não precisar me preocupar em
trancar a mala...
Foi por isso que começamos cedo a
procurar lugar! Mas a vida não é fácil pra ninguém, não é mesmo? Chegou uma
hora em que nossos olhos estavam treinados para achar qualquer TE HUUR (anúncio de locação). Ofertas
havia muitas, nosso grande problema era que ninguém queria alugar nada por um
período de seis meses, então foi uma luta (#fofinhos)! Mas foi também um grande
alívio quando finalmente conseguimos! E o melhor: todos em um mesmo prédio, com
apartamentos razoavelmente grandes. Fora os transtornos de ter que carregar
toda a bagagem de volta (cada um com duas malas grandes, mais mochila, mais
bolsa) e a pequena faxina da primeira noite, não há nada melhor do que ter um
teto! Só de pensar que vamos poder cozinhar e não vamos mais precisar sair pra
procurar comida! Porque é bem difícil achar comida boa e barata por aqui. Nos
primeiros dias tivemos que sobreviver com sanduíches, pizza e massas (muitos
restaurantes italianos por aqui). E nada de carne. Só batata. E mais batata.
E... batata. (Me lembrem de quando voltar pro Brasil mandar várias receitas
diferentes com batata pra Ana Maria)
Primeiro rango #madebyourselves
Home sweet home (#soquenão). Esse é o loft da Tati e da Elise.
Próximos passos:
- Aprender a andar de ônibus e
parar de correr atrás dos outros que andam de bicicleta! #MinhaNadaMoleVida
- Abrir uma conta num banco local
(ainda não tive a chance de reclamar do Banco do Brasil aqui, né? Anotado no post it.)
- Deixar de ser uma moradora
irregular (#NãoSereiDeportada)
See ya!!!
Nenhum comentário:
Postar um comentário