O que eu queria mesmo era estar
hoje reinauguração do Mineirão e assistir ao clássico. Mas, na impossibilidade
de estar lá, fui afogar as mágoas assistindo um jogo da liga belga. Pro Jupiler League: Oud-Heverlee Leuven X S.C. Charleroi (cidade que a gente só conhece
porque é a base de operações da Ryanair aqui na Bélgica).
A verdade é que desde que cheguei
aqui pensei em ir assistir a algum jogo de futebol, mas jogo bom ou é muito,
muito caro, ou está esgotado há muitos, muitos meses. Minha única alternativa
foi, então, ver um jogo do OHL. No final das contas, deixou de ser apenas uma
última opção: eu queria realmente ver um jogo deles porque a cidade sempre
fica movimentada em dias de jogos, com gente feliz andando com cachecóis e
bandeiras do time e é muito bonito ver o estádio todo iluminado do meu telhado e ouvir o barulho da torcida.
E lá fomos nós: Eu, Tati, Júlia,
Elise e Mathias (irmão da Elise, nerd também!). Comprei os ingressos de manhã
com uma dor no coração (afinal, foram 15 euros pra ficar em pé) e saí correndo
pra ir viajar.
(essa parte é um detalhe que eu não queria deixar passar despercebido)
Fui pra Poperinge com o Pedro, Klayton, Rafa Legal, Geruza e boyfriend, uma cidade longe pra burro e que me fez
pensar que a Bélgica era bem maior do que eu pensava – foram 3 horas de trem
pra chegar lá, em West Flanders, bem na fronteira com a França, numa cidade que é menor que Abaeté. O que eu
fui fazer lá? Conhecer a melhor cerveja do mundo, fabricada em um mosteiro (ou
como diria o Rodrigo, dentro do Monge) e que só é vendida lá e com várias restrições chatas. Mas eu não bebo cerveja, né? Fui lá só pela curiosidade e pra
tentar comprar uma garrafinha pra levar pra Priscila (apaixonou com as cervejas
belgas). Mas, pelo menos pra mim, a viagem foi perdida. Chegando lá, umas 14h,
ligamos para o moço do ônibus que faz o transporte até o lugar, mas descobrimos
que é preciso reservar com 2h de antecedência. Pra completar nossa falta de
sorte, não tem taxi na cidade: a mulher pra quem a gente perguntou riu na nossa
cara quando perguntamos onde dava pra pegar um. Resultado: eu, que não podia
demorar muito porque tinha que pegar minhas 3h de trem e chegar a tempo do jogo, fiquei vagando e conhecendo igrejas na cidade, enquanto os outros foram andando
8km até o bendito lugar... Aposto que tudo foi praga do Gui, que ficou atiçando
a gente por 5 meses pra ir lá e na última hora não foi.
Igrejas pelo caminho e um bar legal.
Depois desse pequeno relato sobre
minha viagem frustrada, bora falar do jogo. Ou melhor, da pelada!!! Passamos o
primeiro tempo todo rindo dos times, que não tinham nenhum esquema tático e que
em toda cobrança de escanteio TODOS os jogadores ficavam dentro da
grande área (que não era grande, porque o campo era minúsculo!), sem nem uma chancezinha de contra-ataque.
Gente, o Biro-Biro joga no Charleroi! Detalhe para o detalhe de zebra na camisa laranja-marca-texto do time.
Depois de um péssimo primeiro
tempo, passamos o ‘show do intervalo’ na fila pra comprar um curryworst, que
não tinha curry. Voltamos para o estádio e terminamos de comer numa sala
fechada, mas que dava pra ver todo o campo e bem na hora em que decidimos virar
pra voltar pro meio da galera, a gente perde o momento ápice do jogo: o gol!
Brincadeira, né? Mas depois disso o jogo até melhorou. Descobri que o craque do
time era o Tchutchuca Chuka e que tinha um tal de Kenny que era realmente
muito bom. Deu vários dribles na nossa frente e que conseguiu ocupar todas as posições dentro de campo! Descobri depois que ele era
zagueiro.
Momento merchan: Begijnhof Hotel.
No fim, o OHL, depois de 11
rodadas sem vencer, surpreendeu a todos com uma apertada vitória por 1x0 e se
mantém na décima posição. E, posso falar? A torcida me fez gostar muito do
time. Quando não tiver jogo do Galo vou procurar um jogo deles pra assistir e
cantar C’mon, C’mon Leuven!
Souvenir!!! Meu novo cachecol: WE ARE OHL! =D
E essa é a música que embala a torcida do OHL: Sweeeeet Caroline! OH OH OHH!!
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